Como os adultos com doença cardíaca congênita podem reduzir riscos? Estudo descobre que o monitoramento cardiológico ao longo da vida é essencial
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Newswise — ROCHESTER, Minnesota — A insuficiência cardíaca é um problema de saúde potencialmente urgente para jovens adultos com doença cardíaca congênita (ACHD). Ela é frequentemente negligenciada e pouco tratada, apesar de as hospitalizações para esse problema continuarem aumentando. A pesquisa da Mayo Clinic revela que jovens adultos nos Estados Unidos que vivem com doença cardíaca congênita têm maior risco de morte ou complicações cardiovasculares após a hospitalização por insuficiência cardíaca. Entretanto, os dados do estudo publicados na revista médica Journal of the American Heart Association também descobriram que os pacientes que receberam cuidados cardiológicos recentes e antes da hospitalização por insuficiência cardíaca tinham menos probabilidade de morrer.
“Mais de 85 por cento das crianças nascidas com doença cardíaca congênita chegaram à vida adulta. Provavelmente, elas terão complicações posteriormente, ainda que 61 por cento desses pacientes com mais de 18 anos de idade não procurem um especialista em cardiologia”, explica o médico cirurgião Dr. Luke Burchill, Ph.D., cardiologista na Mayo Clinic e primeiro autor do estudo. “Esses pacientes jovens adultos têm uma grande necessidade de trajetórias de cuidados individualizados para melhorar a qualidade de vida e monitorar os problemas de saúde, como a insuficiência cardíaca.”
Pesquisas anteriores demonstraram que as hospitalizações por insuficiência cardíaca em adultos com doença cardíaca congênita aumentou dramaticamente de 1998 a 2011 nos Estados Unidos. Para entender melhor essa tendência e seu efeito nos pacientes e recursos hospitalares, o Dr. Burchill e colegas usaram os dados nacionais para estudar uma população retrospectiva de adultos que foram hospitalizados por doença cardíaca congênita na década passada. O percentual de hospitalizações para ACHD com insuficiência cardíaca aumentou significativamente de 6,6 por cento em 2010 para 14 por cento em 2020.
Em mais de 26 mil hospitalizações de pacientes ACHD, 22 por cento tiveram insuficiência cardíaca, e 78 por cento não tiveram. As pessoas hospitalizadas com insuficiência cardíaca tiveram maior risco de morte e outras complicações cardíacas e cerebrais mais sérias. Elas usaram mais recursos de cuidados de saúde, inclusive nova hospitalização e serviços de cuidados pós-agudos, em comparação com os pacientes hospitalizados sem insuficiência cardíaca. Entretanto, as pessoas que fizeram uma visita na clínica de cardiologia em 30 dias anteriores à internação hospitalar tiveram menores taxas de morte por qualquer causa na marca de 90 dias e 1 ano.
Os pacientes ACHD com insuficiência cardíaca tinham quase duas vezes mais chances de serem novamente hospitalizados em comparação com os pacientes sem insuficiência cardíaca, especialmente aqueles com menos de 45 anos, independentemente do tipo de doença cardíaca congênita. Os pacientes mais jovens também precisaram de mais cuidados médicos ou apoio após saírem do hospital, antes de poderem voltar para casa e cuidar de si próprios.
“Muitos pacientes ACHD e insuficiência cardíaca que encontrei compartilham uma história parecida de não terem levado a sério os sintomas cardíacos. Isso levou a um reconhecimento e tratamento tardios da insuficiência cardíaca. A boa notícia é que podemos redefinir o curso de vida para a maioria deles”, explica o Dr. Burchill. “Temos novos medicamentos para fortalecer o coração, novas opções para substituir válvulas cardíacas sem abrir o tórax e tratamentos de baixo risco para retornar o ritmo cardíaco ao normal. O nosso objetivo é mudar o foco da insuficiência cardíaca para funcionalidade cardíaca e o sucesso do paciente em se sentir melhor e viver mais.”
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