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Encontrando o equilíbrio: os opioides e o controle da dor depois da cirurgia

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Newswise — ROCHESTER, Minnesota — Em um estudo recente da Mayo Clinic, pesquisadores descobriram que a maioria dos pacientes que recebeu a prescrição de opioides depois da cirurgia foi capaz de manter níveis satisfatórios de conforto sem a necessidade de haver a renovação da receita posteriormente.

De acordo com as diretrizes baseadas na nova evidência, os pacientes submetidos a diversas cirurgias receberam menos comprimidos de opioides, e 88 por cento relataram estar muito ou de alguma forma satisfeitos com o controle da dor.

Os pesquisadores trabalharam com o Centro de Pesquisas da Mayo Clinic para avaliar pacientes submetidos a uma série de cirurgias eletivas. A pesquisa investigou as experiências pós-cirúrgicas, a abordagem do controle da dor como um todo e o uso de opioides.

Os resultados do estudo foram usados para entender a conexão entre a redução das prescrições de opioides e a satisfação do paciente em relação ao alívio da dor.

Desenvolvimento das diretrizes

As diretrizes foram desenvolvidas pela pesquisa que examinou a quantidade de medicamentos opioides usada pelos pacientes, o número de comprimidos que sobrou e a frequência de renovações de receitas. Em seguida, os resultados foram aplicados para a criação de recomendações de prescrição de opioides depois de cirurgias.

“Tínhamos a intenção de entender melhor quantos comprimidos cada paciente precisava e quantos sobravam, e o que definia o fundamento para as diretrizes de publicação com o objetivo de indicar quantos pacientes precisavam receber prescrição”, explica o autor sênior do estudo Dr. Cornelius A. Thiels, médico osteopata, oncologista cirúrgico na Mayo Clinic.

As diretrizes recomendam a dosagem baixa, padrão ou alta para cada procedimento de acordo com os fatores específicos do paciente e associados com as variações das necessidades de opioides.

“Implementamos na prática essas diretrizes baseadas em evidências e desenvolvemos o conteúdo educacional para farmacêuticos, cirurgiões, profissionais da enfermagem, assistentes médicos e residentes, e observamos uma excelente conformidade em relação às diretrizes”, explica o Dr. Thiels.

Impacto no controle da dor

O estudo demonstrou que, embora a maioria dos pacientes tenha vivenciado um controle razoável da dor com as diretrizes reduzidas de prescrição de opioides, um pequeno grupo de pacientes não teve as suas necessidades atendidas. O estudo concluiu que esse grupo pode se beneficiar do ajuste e da individualização adicionais das diretrizes de prescrição de opioides.

Embora a pesquisa centrada no paciente tenha apoiado o controle da dor com menos opioides, ela também destacou a necessidade de uma prescrição precisa desde o início. Os pesquisadores notaram que, apesar dos esforços educacionais que incentivavam os pacientes a descartarem adequadamente os opioides não utilizados, muitos deles ainda tiveram sobras de comprimidos, o que poderia levar ao uso indevido.

O uso indevido da prescrição de opioides continua sendo um fator de contribuição importante para a epidemia de opioides nos Estados Unidos. O estudo observou que, somente em 2020, 2,3 milhões de pessoas relataram sofrer transtornos por uso de opioides prescritos. No mesmo ano, mais de 16 mil pessoas morreram por overdose de opioides prescritos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mundialmente “em 2019, cerca de 600 mil mortes foram atribuídas ao uso de drogas. Cerca de 80 por cento dessas mortes estão relacionadas aos opioides, com cerca de 25 por cento delas sendo causadas por overdose.”

O Dr. Thiels explica que as descobertas destacam a necessidade de balancear o controle da dor, o uso de opioides, a importância da educação dos pacientes e a prescrição da quantidade correta de medicação em primeiro lugar.

Dra. Hallbera Gudmundsdottir, primeira autora do estudo, acrescenta que a pesquisa “é um primeiro passo importante não apenas para um controle mais seguro, mas também melhor da dor para todos os pacientes após a cirurgia.”

O Dr. Thiels e a Dra. Gudmundsdottir observam que o futuro da pesquisa estará concentrado no uso da inteligência artificial para ajudar a alcançar o controle ideal da dor para cada paciente após a alta médica.

A pesquisa foi apoiada pela Mayo Clinic e pelo Robert D. and Patricia E. Kern Center for the Science of Health Care Delivery. Veja o estudo para obter uma lista completa de autores, divulgações e financiamento. 

Este artigo foi publicado originalmente na revista de pesquisas Discovery’s Edge.

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Sobre a Mayo Clinic
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